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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Entrevista com o jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto do 'Jornal Pessoal'



Realizada por Ana Carolina Eulálio e Tarcya Amorim no dia 01 de novembro de 2010 ás 15 horas.  Comparação entre a cobertura do 'J.P' e do 'Diário' segundo Lúcio Flávio Pinto para um trabalho de jornalismo comparado.                                                                                          


1. Como você define a linha editorial do “Jornal Pessoal”?

L.F.P = O “Jornal Pessoal” é um jornal preocupado com a atualidade, toda edição têm seus temas que chamamos de ganchos, os temas que motivam os acontecimentos. A pauta é feita sobre aquilo que está acontecendo, que aconteceu ou que vai acontecer. O que distingue o “Jornal Pessoal” dos outros é que como ele é quinzenal se preocupa mais em analisar, quase não é noticioso não está preocupado com furo ou exclusividade apesar de eventualmente dar noticiais exclusivas, mas a preocupação é na analise do contexto, explicar o porque determinado fato é importante ou não, que repercussões ele terá, que é a imprensa normalmente não faz. Então o “Jornal Pessoal” é direcionado a atualidade com tom crítico, analítico e não apenas noticioso.  O objetivo do “Jornal Pessoal” é que a agenda dos cidadãos reflita os fatos, é meta em todas as edições do “Jornal Pessoal” que o cidadão incorpore as informações que são necessárias para decidir o certo, porque o problema da Amazônia, por ser uma região colonial, é que há uma  dissociação  entre o plano da realidade e o plano da consciência. Nós só sabemos dos fatos depois que eles acontecem, então não podemos orientar os fatos, comandar os processos, e muito menos antecipar, e esses fatos já vem todos esquematizados, se você implanta um projeto de hidroelétrica em Tucuruí ele é feito para favorecer os parceiros do empreendimento, então a energia vai pra Albrás, para a Alumar, vai pro exterior, vamos exportar energia e isso não é bom para gente. Para tomarmos a decisão certa temos que ter informação antes dos fatos acontecerem.

2. Qual a diferença que você, como jornalista, percebe entre a cobertura do “Jornal Pessoal” e do “Diário do Pará”, levando em consideração a recente exclusão política do Jader barbalho?

L.F.P = Vou dar um exemplo que ilustra muito bem a diferença. Durante muitos anos o “O Liberal” foi o único jornal filiado ao IVC Instituto Verificador de Circulação, agência privada que é a mais creditada fonte de tiragem de compilações impressas no Brasil, empresa considerada séria. O mercado publicitário estimulou a criação do IVC e hoje essa agência já tem 50 anos. O mercado publicitário exige que para os jornais receberem a publicidade das agências publicitárias antes se filie ao IVC. Durante muitos anos “O Liberal” foi o único filiado e usava a propaganda do Instituto para dizer que tinha cerca de 85% dos leitores dos jornais no Pará. E esse era um índice que não se encontrava em nenhuma metrópole brasileira. Há 4 anos o “O Liberal” fraudou uma declaração do editor do IVC sobre o número de tiragem que o jornal tinha no Pará. O IVC produziu um relatório dizendo que o “O Liberal” estava fraudando os resultados e ia fazer nova auditagem. O jornal da família Maiorana se desfiliou da agência, essa foi a primeira vez em 50 anos que uma empresa saiu por motivo de fraude do Instituto Verificador. Depois o “Diário do Pará” se filiou e passou a ser o único jornal paraense filiado ao IVC e apenas 3 jornais na Amazônia inteira são filiados, e isso se deve a uma série de exigências sobre contas da empresa como pré requisitos para filiação. Desde então nunca em 3 anos de “membro” o “Diário” revelou qual é a tiragem de seus exemplares apurada pelo IVC, que é um capital que a empresa tem, já que não é qualquer um que pode ser auditado pelo IVC.  O único jornal que publica a tiragem do diário pelo IVC é o “Jornal Pessoal”, o “Diário” usa o dado do IBOPE, dado este que não tem credibilidade pois é um dado que pode ser manipulado porque se fosse verdade que o “Diário” vende pra 1 milhão de pessoas ele teria para cada 1 jornal 50 leitores e não existe isso no mundo. Isto é, o “Diário do Pará” não usa um dado apesar de pagar caro por ele, porque a taxa de filiação e mensalidade são caras. O número de tiragem exata do “Diário” sai no “Jornal Pessoal”, isso é uma informação que o “Diário” não dá e eu dou. Sobre a questão política; o problema do “Diário” é que toda a vez que ele tenta consolidar sua profissionalização, vem uma eleição, aí os interesses do Jader prevalecem. O “Diário” tem 28 ano e o “Pessoal” tem 23, então, somos quase contemporâneos e desde que o “Diário” começou eu bato sempre nessa mesma tecla, ele só vai se estabelecer no mercado quando se livrar do patrão, ou seja, quando o Jader for um personagem como outro qualquer, quando o “Diário” cobrir as noticias sobre o Jader com a verdade. E se percebe uma tentativa, um esforço de dissociar o empresário Jader Barbalho do jornal, mas em momentos como esse críticos, em que Jader está ameaçado de ficar pelo menos 2 anos sem mandato o “Diário” deixa de lado os critérios profissionais e oferece uma cobertura distorcida desse evento porque por exemplo, “O Liberal” durante um certo período antes da eleição todos os dias publicava na primeira página que quem votasse no Jader poderia ter seu voto considerado nulo e que não era para o eleitor votar nele porque ia perder o voto, e esse é um chamamento forte para o eleitor. O Jader esperava ter cerca de 2 milhões de votos e teve 1 milhão 700 então ele perdeu cerca de 300 mil votos por conta dessa antecipação, o eleitor não gosta de perder o voto se ele vai votar ele quer votar em quem ganha, daí a importância das pesquisas. Sabemos que muitas vezes a pesquisa induz o eleitor mas o “Diário” contrabalançava isso dizendo que a candidatura do Jader Barbalho tava confirmada que seriam computados os votos dele. Passou a ser uma luta política nas primeiras páginas dos dois jornais. Nenhum dos dois estava dizendo toda a verdade e pior do que mentira são as meias-verdades porque a meia-verdade induz você a pensar que ela é verdadeira enquanto a mentira é mais fácil de mostrar.  A meia verdade é perigosa para a formação da opinião pública.                


3. Qual critérios você usa para divulgar ou não uma matéria?

L.F.P = O critério é: ela é relevante?, qual a importância econômica, política, quantas pessoas ela atinge, ela é verdadeira? Se a noticia é relevante e verdadeira não existe nenhum outro critério que impeça ela de ser publicada, então eu publico. Não quero saber se vai prejudicar o PMDB, o PT, se vai prejudicar um amigo. Na próxima edição do “Jornal Pessoal” vai sair uma matéria sobre um acidente que houve com uma fábrica de alumina na Hungria. Nós aqui no Pará temos a maior fábrica de alumina do mundo, daí acontece um acidente na Hungria mas parece que não tem nada a ver com a gente. Ninguém faz uma correlação disso conosco, parece que as pessoas não tem consciência, então esse é o meu critério, o critério da relevância eu coloco os meus interesses, minhas condicionantes completamente à margem. As vezes acontece assim; a principal matéria é econômica, árida, complicada, mas eu coloco na capa, mesmo sabendo que o jornal vai vender menos. Mas eu coloco porque pra mim o jornalismo não é só pra atender a demanda do leitor, o interesse, e a curiosidade mas sei  o que o leitor precisa ler e as vezes se você deixar uma matéria econômica importantíssima, como eu fiz agora na época das eleições com uma matéria da Vale, que saiu na capa e eu sabia que ia vender menos porque alguns leitores compram o jornal pela capa mas naquele momento aquela informação da matéria da Vale era mais importante do que a eleição.


4. Nas suas matérias você acha que coloca todas as informações relevantes? Ou eventualmente deixa alguma informação de fora para que não tenha problema com a justiça ou outros setores da sociedade?

L.F.P = Não, eu acho que quando eu escrevo eu sou possuído pelo demônio, já aconteceu várias vezes comigo, leio o jornal depois de tudo pronto e ás vezes eu fico assustado. Vou pro espelho e falo para mim mesmo, Lúcio tu és maluco?. Vou dar um exemplo, na época em que foi morto o Bruno Marinho Meira Matos, membro de uma família amiga, o Jornal pessoal foi o único que publicou a matéria porque ele estava envolvido com narcotráfico e a família Meira é uma das família mais tradicionais do Pará então a cada nova edição em que eu falava do caso sabia que ia perder mais amigos porque eu tava citando nomes. E também citava nomes de traficantes, com os quais eu tinha conversado, mas tenho como norma não enganar ninguém então se eu vou conversar com um traficante, deixo claro que  sou jornalista e ele traficante. Ele sabe que eu não to ali para enganá-lo por isso pergunto isso aqui pode publicar ou não? Nunca perdi fontes, mesmo na época do regime militar as minhas fontes foram mantidas; isso eu não posso publicar? Tudo bem mas se eu encontrar uma outra pessoa que confirme, eu posso? Então o informante sabia que eu ia realmente atrás, eu não ia enganá-lo “olha eu encontrei” se  ele perguntasse “quem é?” então ele ficava sabendo, não precisava nem perguntar. Ele via que as vezes eu tinha informação que ele informante não tinha.  Mas ás vezes ficava com medo da minha matéria apesar de não conseguir excluir informação nenhuma. Inclusive uma vez aconteceu o seguinte, um dos meus maiores amigos, cuja morte eu mais lamento, morreu brigado comigo porque fiz uma matéria criticando ele. Ele era superintendente da “Província do Pará” e ele estava muito doente na época logo depois morreu, estava com esclerose múltipla mas apesar da matéria éramos muito ligados, muito amigos, sempre nos encontrávamos. Depois da publicação ele me ligou, eu sei que ele estava alterado por causa da doença e rompeu comigo e eu não disse nada embora eu tivesse razão porque tudo o que eu publiquei sobre ele era fato, erros cometidos por ele deliberadamente mas eu não disse nada e ele morreu rompido e foi uma situação que me marcou muito. O Rômulo Maiorana quando morreu foi a mesma coisa, estávamos brigados, mas por quê? Porque eu não nunca aceitei, deixar de fora informações consideradas relevante e checada por conveniência? Nunca. Ao contrário, por exemplo, quando eu escrevi o “Rei da quitanda” eu não previa que seria agredido fisicamente mas eu sabia que eles iam ficar furiosos, assim como eles vão ficar na próxima edição do “Jornal Pessoal”.

5. Quando você lê o “Diário do Pará” consegue perceber a linha editorial deste jornal principalmente quando este publica matérias que envolvem o proprietário, Jader Barbalho?

L.F.P = Eu dedico três, quatro horas por dia para ler jornal e eu leio com muita atenção. Esse caso do crime do Bruno Marinho Meira Matos foi assim; saiu em um dia a morte dele e no dia seguinte não saiu mais nada, nada absolutamente nada, ai eu pensei “mas o que ta acontecendo não vão mais dar nada?” depois descobri que ele estava envolvido com o narcotráfico e ninguém noticiou nada, só o “Jornal Pessoal” durante vários meses, até que a Policia Federal fez a maior apreensão de cocaína da história naquela época, 1 tonelada, aí todo mundo teve que abrir porque não teve jeito mais. Eu leio com muita atenção, mesmo os piores jornais, leio todos. Vejo o “Diário” e percebo quando eles estão sonegando informação. Eu tentei largar o jornalismo e fui durante algum tempo professor da federal mas eu lia os jornais e via que eles estavam omitindo determinadas coisas, ou algum detalhe sempre omitindo algo relevante, distorcendo a linha da matéria, ou não estavam publicando, ligava para as minhas fontes e tinha uma história completamente diferente daquilo, o quê que eu vou fazer? Ficar assistindo? Eles contarem as mentiras, voltei não consegui sair e durante os sete anos que dei aula para o curso de comunicação a preocupação era uma só encontrar o repórter de linha de frente, repórter que goste de viajar, de ir para onde estão de fato os acontecimentos, que não fique no relise, que não fique na cozinha, na retaguarda, que vá para onde os fatos acontecem porque o meu grande patrimônio como jornalista durante o tempo que fui do “Estadão” e do “O Liberal” é que onde acontecesse um fato eu estava lá então eu tinha uma possibilidade de deslocamento, podia fretar avião, eu fretava barco, fazia o que eu quisesse, porque os meus patrões sabiam que eu saía para uma viagem eu voltava com uma matéria boa sempre, então eu pude fazer isso.

6. Jornalistas que trabalham em grandes de comunicação estão sempre subordinados a uma política empresarial/organizacional e ainda á critérios de noticiabilidade. Você exerce a profissão de jornalista desde 1966 e deve ter enfrentado algumas situações de dificuldades com relação a isso. Em quais jornais que você trabalhou, sentiu mais a pressão da linha política e editorial?

L.F.P = O primeiro critério de uma empresa jornalística é a qualidade, as vezes a qualidade se torna secundária porque outros critérios se tornam mais antagônicos. Mas sempre o jornalista mesmo sendo de esquerda, o jornal aproveita quando ele é bom. O jornal precisa de bons jornalistas, agora a partir do momento em que o jornalista passa a assumir uma certa posição a incompatibilidade passa a ser crescente e o rompimento as vezes é inevitável e você acaba tendo que sair, mas leva tempo para conquistar tal espaço. São famosas as frases do Roberto Marinho quando os militares quiseram prender Frank de Oliveira e ele não deixou e disseram “ele é comunista” Roberto disse “mas é meu comunista” é a mesma coisa com os Mesquita no “Estadão” o principal editor deste jornal era um membro do partido comunista português que quando teve a revolução dos escravos, Manoel Urbano Rodrigues voltou para assumir o cargo dele de Secretário-Geral do partido comunista português, no entanto, na hora de escrever o editorial ele escrevia o que o dono queria porque ele era uma pessoa decente, você não vai trair a confiança ele aceitou fazer isso. Eu tenho um exemplo no “Estadão” eu sempre tive uma posição crítica lá dentro e em 1977 eu fiz uma pauta porque queria fazer uma matéria definitiva sobre terras na Amazônia, definitiva até aquela época claro, eu fiz uma pauta enorme mais de 10 laudas e dei pra quem iria trabalhar, e um dos lugares era a sucursal de Brasília a repórter que cobria área rural não leu a pauta e deixou a pauta no INCRA para o órgão responder, e ela não havia lido, quando o diretor do INCRA leu a pauta ficou assustado e mandou para o Conselho de Segurança Nacional porque a pauta dizia que o General fulano de tal foi abre alas da empresa tal, o outro General fulano de tal era corrupto,  a pauta era bem detalhada, e foi feita justamente para que as pessoas não fugissem daqueles assuntos, cada um na sua área. Aí o Secretário-Geral de Segurança Nacional de 77 do governo Geisel ligou pro Júlio Mesquita Neto que era diretor do “Estadão” e disse “nós queremos o repórter responsável por essa pauta  aqui no dia tal ás 3 horas da tarde“. Aí o Júlio Neto me ligou e já tínhamos uma ligação desde que trabalhamos juntos em São Paulo e ele disse “Olha Lúcio você vai mas o advogado vai ficar de plantão se até as 7 da noite você não voltar nós vamos entrar com habeas corpus” ai eu fui, aquela tensão enorme, e nunca um repórter havia entrado em um Conselho de Segurança Nacional, eu fui, sai. Fui sabatinado por todos os coronéis que estavam lá no Conselho mas sai e eles foram me levar até a porta porque eles pensavam que eu não conhecia o problema de terra que eu tava falando aquilo de orelhada ai fiz a matéria, matéria longa, era pra sair a semana inteira eram 10 matérias mas antes o Júlio disse “você tem que vir aqui para conversar com Rubem Rodrigues do Santos editor para assuntos da Amazônia” eu fui mas minha conversa com o representante do jornal foi mais difícil do que com os coronéis porque ele queria vetar a matéria e eu mostrei pra ele que eu sabia mais do que ele sobre Amazônia então ele não poderia vetar. E, olha que depois nós ganhamos um prêmio Esso com essas matérias mas no dia que saiu a primeira da série, o editorial do “Estadão” anarquizou a matéria só faltava dizer que um comunista infiltrado lá havia escrito, li o editorial e fiquei ao mesmo tempo chocado e feliz porque apesar do editor ter essa opinião a matéria saiu, teve que sair. Outro exemplo, quando eu voltei de São Paulo pra cá, tava todo mundo dizendo que tava acontecendo corrupção nas terras de Carajás pelo estado. O que faz um repórter? Tem que ver o processo das vendas de terra, o processo tinha mais de 1 mil páginas, eu li a primeira vez e não encontrei nada de errado, parei e pensei “acho que cometi algum erro vou reler” reli o processo e descobri qual era a fraude. O jornal “O Liberal” apoiava do governador que era o Aluizio Chaves, o repórter do jornal era assessor de imprensa do governador. Todo o dia diziam o “maestroso Aluizio Chaves” o “exuberante Aluizio Chaves”, “o genial Aluizio Chaves”. Como eu ia publicar uma matéria que o filho do governador tava envolvido em corrupção? Eu fiz o seguinte, eu liguei pro redator que era o Flávio Augusto de Sá Leal ai eu disse “Leal, preciso de uma página em branco, limpa” era edição de domingo que fecha mais cedo, é complicado ele perguntou qual é o assunto, respondi que não ia dizer mas dava pra ser manchete da primeira página e nessa época o Leal era mais jornalista do que patrão. Fui duas horas da tarde pedi pro meu irmão diagramar tudo, fiz uma ilustração, deixei tudo prontinho entreguei pro Leal, vim embora cheguei aqui em casa e disse “não estou pra ninguém”. O Leal terminou de ler a matéria e viu logo que era assunto pra primeira página mas o jornal ganhava dinheiro com o governador. Eles se preocuparam em ligar pro Rômulo mas ele estava em uma farra e não deixou ninguém saber onde estava porque morria de medo que a esposa descobrisse. Sem consegui falar com o Rômulo, me ligaram deixaram a página em branco limpa, ou seja, sem anúncio, “o que vamos fazer?” 4 horas, 5 horas, não teve jeito, o Leal publicou. O Rômulo sempre lia o jornal cedinho, o primeiro que ficava impresso ia direto pra casa dele. Só que como a farra tinha sido prorrogada ele não leu e tinha um almoço marcado com o governador na residência oficial, onde hoje é o parque das residências, quando ele chegou para o almoço o Aluizio estava com uma cara inchada e o Rômulo perguntava e o governador só respondia “humrrum humrrum” ai o Rômulo que tinha intimidade com o governador ficou com raiva e perguntou o que havia acontecido e o Aluizio respondeu “O que houve? O teu jornal disse que eu sou corrupto” depois me explicando tudo o que aconteceu o Maiorana disse que perguntou o que jornal havia publicado e para não assinar recibo ele respondeu que se o jornal havia publicado então era porque o fato era verdade. Foi um escândalo nacional e quase o Aluizio foi afastado pelo presidente Geisel.